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Inovação & Sustentabilidade

Parque Nacional da Serra Geral

Mais de três décadas de proteção e respeito à biodiversidade

Espaço para convívio e contemplação da natureza. Foto: Urbia Cânions Verdes/Divulgação

A criação do espaço, cuja área de visitação está sob gestão da Urbia desde 2021, é um marco fundamental na preservação do meio ambiente, garantindo a conservação de suas formações rochosas, florestas, fauna e flora únicas. O Parque Nacional da Serra Geral foi criado em 20 de maio de 1992, através do Decreto Federal nº 531, para garantir a conservação de paisagens naturais, biodiversidade e ecossistemas únicos da cadeia de cânions presente no Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul. A Urbia, concessionária de serviços de apoio à visitação, tem a satisfação de fazer parte desse processo de zelar pela manutenção do Parque e trabalhar para melhorar as condições de acesso aos turistas na unidade de conservação. Desde que assumiu a gestão, em 2021, a administradora já investiu mais de R$ 37 milhões em infraestrutura e cuidados, além de mais de R$ 20 milhões a título de Outorga para o Poder Concedente.

E a criação do Parque pelo Governo Federal representa uma ação fundamental para proteger espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, manter o equilíbrio ambiental e assegurar que as futuras gerações possam desfrutar de sua beleza e riqueza natural.  Para Humberto Filho, diretor da Urbia Cânions Verdes, a preservação do Parque da Serra Geral contribui para o desenvolvimento do ecoturismo, promovendo a economia local e incentivando práticas responsáveis de visitação. “A Urbia está trabalhando na preservação de patrimônios geográficos e ambientais mundiais. É fundamental celebrar os 33 anos de criação e comemorar também todos os investimentos desde o início da concessão, que permitem ao visitante a contemplação com respeito ao ambiente.”

O Parque Nacional da Serra Geral possui 8.675 km², o que equivale a uma área de 17.301,96 hectares. Tudo em uma altitude média de 1.240 metros acima do nível do mar. O espaço limita-se com a cidade de Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul, e os municípios de Praia Grande e Jacinto Machado, ambos em Santa Catarina. O principal atrativo do Parque é o cânion Fortaleza, o maior de todos no Brasil, com paredões que têm 7,5 km de extensão e, em alguns pontos, até mais de 1.200 metros de altura. Há ainda nascentes de cursos d’água, matas nativas e outros cânions dentro do perímetro total, como o Faxinal e o Malacara. Na área destinada à visitação existem trilhas autoguiadas para contemplar os cânions e as paisagens deslumbrantes da região. As principais trilhas incluem a do Mirante, do Alto do Mirante, do Quebra-Cangalha, da Pedra do Segredo, da Cascata do Tigre Preto e da Borda Sul, que permitem percorrer quase todo o Cânion Fortaleza. 

O nome do Parque faz menção à unidade litoestratigráfica, que se refere  ao conjunto de rochas de sua composição mineralógica e textura, ou seja, da formação geológica da Serra Geral. A estruturação ao longo da história foi constituída por uma sucessão de corridas de lavas de composição eminentemente basáltica, com matriz de natureza vulcânica. A estruturação de rochas basálticas até as intermediárias envolve três grandes grupos: basaltos, andesitos e basaltos com vidro. Além do Serra Geral, há o Parque Nacional de Aparados da Serra, criado em 1959, um muito próximo ao outro. Esta sequência de camadas rochosas vulcânicas se originaram no Triássico Superior há cerca de 200 milhões de anos. Uma área para uma conexão profunda com o meio ambiente em uma verdadeira imersão intencional na natureza, buscando uma experiência mais sensorial e contemplativa.

Área de relevância geológica internacional

O Parque Nacional da Serra Geral, assim como o Parque Nacional de Aparados da Serra, integram o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul. Trata-se de um reconhecimento mundial dos Parques e as cidades ao redor deles como polo de geoturismo e área de relevância geológica internacional, com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Os cânions possuem características essenciais para a consolidação do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul. O território envolve 7 municípios, sendo 4 de Santa Catarina (Praia Grande, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande) e 3 do Rio Grande do Sul (Torres, Mampituba e Cambará do Sul), totalizando uma área de 2.830 km².  

Ecossistemas naturais da região

Os ecossistemas dos cânions Itaimbezinho e Fortaleza são ricos em biodiversidade devido à sua topografia e altitude, que apresentam diferentes tipos de ambientes. A vegetação, fauna e clima variam entre a parte superior do cânion, com clima temperado e floresta de araucária, e a parte inferior, com clima subtropical e mata atlântica. Os cânions são exemplos de geossítios localizados em Unidades de Conservação (UCs) federais de proteção integral. Os geossítios são locais bem delimitados geograficamente e que concentram formações geológicas com um grande valor científico, estético, ecológico, turístico, cultural e educativo. Rochas, fósseis e até mesmo o solo podem estar entre as características próprias destes locais e ajudam a contar a história da Terra. 

Fonte: QG Comunica