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Sustentabilidade

No Dia Nacional do Cerrado, o bioma pede socorro

Campanha Defensores do Cerrado ressalta a importância das brigadas voluntárias também na educação ambiental

Brigadas voluntárias são aliadas na conservação do Cerrado.
Foto: André Dip

Em setembro, mês em que é celebrado o Dia Nacional do Cerrado (11/9), a terceira fase da campanha Defensores do Cerrado entra no ar para conscientizar a população sobre a importância das brigadas voluntárias, responsáveis por atuar diretamente na prevenção e combate aos incêndios no bioma, além de apresentar o Manejo Integrado do Fogo (MIF) como uma abordagem eficaz na condução do trabalho. A iniciativa é uma realização da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e também convida empresas e organizações a contribuírem com o trabalho dos grupamentos voluntários. 

Segundo maior bioma do Brasil e considerado a savana mais biodiversa do planeta, o Cerrado concentra nascentes das principais bacias hidrográficas que abastecem o país de Norte a Sul, contribuindo significativamente com a segurança hídrica. De acordo com dados do MapBiomas divulgados em julho, o Cerrado foi o segundo bioma mais atingido pelas chamas, com 947 mil hectares incendiados nos seis primeiros meses deste ano –, impacto cerca de 48% maior em comparação com o mesmo período de 2023. A maior parte do fogo ocorreu em áreas de vegetação nativa (72%). A Amazônia registrou a maior área queimada entre os biomas (66% do total atingido pelo fogo no país, com 2,97 milhões de hectares).

Os números fazem parte do Monitor do Fogo do MapBiomas, mapeamento mensal das áreas queimadas no país, produzido a partir de monitoramento por imagens de satélites e processamento de dados com uso de inteligência artificial. Ainda segundo o MapBiomas, em junho de 2024, o Cerrado foi o bioma que mais registrou áreas queimadas, com aproximadamente 534 mil hectares. 

Diante desse contexto, a campanha Defensores do Cerrado reforça esse alerta com vídeos de “personagens do Cerrado” relatando sobre as potencialidades e riquezas do bioma. A narrativa é construída com base nos relatos de Alessandra Fidelis, bióloga, doutora em Ecologia e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp); Cecília Gonçalves, artesã, raizeira e coletora de flores secas nativas; Jorge Moreira, líder comunitário da Associação Quilombo Kalunga e agricultor familiar; Rafael Drumond, presidente da Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante (BRIVAC) e diretor do Museu do Fogo; e Renato Santos, fundador do Museu do Fogo.

A nova fase da campanha está sendo veiculada nas redes da Fundação Grupo Boticário (@fundacaogrupoboticario) e o vídeo completo está aqui, neste link:

Fonte: Tamer Comunicação