Enóloga Maria Amélia comemora duas décadas à frente da Vinho e Arte

No próximo sábado, 30 de novembro, a Vinho e Arte, fundada e liderada pela enóloga Maria Amélia Duarte Flores, comemora 20 anos de trajetória como uma referência no enoturismo. O marco não apenas celebra a excelência na criação de experiências únicas, mas também destaca o pioneirismo de Maria Amélia, uma mulher que desbravou fronteiras em um setor historicamente dominado por homens. Natural de Garibaldi (RS), Maria Amélia começou sua carreira aos 14 anos, quando ingressou no curso Técnico em Enologia em Bento Gonçalves. Sua trajetória é marcada pela paixão por vinhos, turismo e cultura, uma combinação que inspirou o nascimento da Vinho e Arte, dedicada a unir histórias, paisagens e pessoas em torno da arte do vinho. “Sempre vi o vinho como uma experiência que vai além da taça: ele conecta culturas, celebra memórias e cria momentos únicos”, reflete.
História de sucesso em um mundo masculino
Com mais de mil vinícolas visitadas ao redor do mundo, Maria Amélia construiu um legado de inovação. Foi responsável por projetos de destaque no Brasil, como a revitalização da Vinícola Peterlongo e a pesquisa histórica sobre os 100 anos do “Champagne do Brasil”. Seu trabalho também incluiu consultorias para vinhos autorais, como os assinados pelo cineasta Jayme Monjardim, e parcerias em roteiros que exploram a diversidade cultural e vitivinícola de regiões como Uruguai, Argentina, Chile, Portugal, França, Itália, Suíça, Austrália e Nova Zelândia. Além da vasta experiência internacional, o que distingue Maria Amélia é sua atenção às histórias humanas por trás de cada vinícola, uma abordagem que inspira novos roteiros e experiências. Um exemplo disso é sua admiração por figuras como Filipa Pato, enóloga portuguesa conhecida por sua autenticidade e por preservar o legado familiar de Luis Pato, demonstrando que o protagonismo feminino está transformando a viticultura global. A Vinho e Arte atrai um público diverso, composto principalmente por viajantes acima dos 40 anos, incluindo famílias, casais e mulheres que buscam experiências autênticas e transformadoras. Para Maria Amélia, o enoturismo é uma forma de celebrar a liberdade e a capacidade das mulheres de reescreverem suas histórias, independentemente da idade. “O vinho é um elo de conexão. Ele nos ensina que cada safra tem algo novo a oferecer, assim como a vida”, afirma. Com novos roteiros planejados, a Vinho e Arte segue expandindo horizontes, sempre fiel ao propósito de oferecer viagens enriquecedoras, que combinam cultura, paisagens e, acima de tudo, encontros que marcam para sempre. Maria Amélia continua a liderar com coragem e inovação, inspirando não apenas viajantes, mas também uma nova geração de mulheres no universo do vinho.
Inovação no turismo de vinho
Ao longo desses 20 anos, Maria Amélia firmou roteiros icônicos como Mendoza, na Argentina, Provence, na França, e a Costa Amalfitana, na Itália – três destinos encantadores que continuam entre os preferidos dos clientes. O vinho é, sem dúvida, o grande atrativo dessas viagens, mas Maria Amélia faz questão de agregar momentos de arte, cultura e música. “Nossos tours têm um caráter cultural, seja na visita a museus, vinícolas com vínculos históricos ou em roteiros que incluam grandes shows, como Coldplay e Eros Ramazzotti”.
Sempre atenta às mudanças e ao desejo dos viajantes de explorar além dos roteiros tradicionais, a enóloga revela novidades para os próximos anos: destinos como Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e África do Sul, que prometem integrar cultura e vinho em novas paisagens e contextos. A transição que acompanha a celebração das duas décadas não se dá apenas na escolha dos destinos: reflete também uma aproximação da Vinho e Arte com o público, levando em consideração o perfil dos viajantes fiéis que a acompanham ao longo dos anos.
“Para mim, cada cliente é como um amigo que sempre volta, e, ao longo das viagens, vamos construindo um elo único que vai muito além da paixão pelo vinho. É sobre criar memórias e amizades. É sobre cuidar de forma carinhosa das pessoas, além do vinho”, comenta Maria Amélia.
Fonte: Tatiana Feldens